quarta-feira, janeiro 26, 2005

Espera

no que uma pessoa pensa nos tempos mortos...
como, por exemplo, qd s espera por alguém....


rio
rio de espelhos
espelhando luzes
luzes difusas
que se espalham
no seu balancear
de ondas mansas
que transmitem calmaria
calmaria que ja não existe;
se existiu foi noutro tempo
onde não existiam tantas luzes
quando as pessoas ainda não o contemplavam
numa contemplação pesada, pensativa
desejando ter um pouco dessa calmaria.
hoje todas as luzes são difusas, balanceantes em ondas que são tudo menos mansas.
hoje eu sou um rio que corro
para um mar que não sei;
sou o espelho distorcido de todas as luzes que me envolvem e atacam;
hoje à noite sou um mar espalhado
espelhando-te a ti, a todos
todos que não sei
todos e mais ninguém.
sou um espelho;
Ninguém!

1 comentário:

Arte Mágica disse...

Oi Ricardo,

Só agora vim espreita(sou mm uma desnaturada) e fiquei hiper surpreendida...adorei o poema...mas ninguém?
Ninguém é ninguém , todos somos importantes como cada gota de água...para podermos formar o todo completo.
Vou cá vir mais vezes.De certeza.

Beijinhos
Isabel